Partilha

7.3.2. Limitar a produção intensiva e superintensiva e reduzir os seus impactos

Os sistemas intensivos apresentam grande produtividade, mas colocam muitas vezes a saúde pública em risco e podem degradar rapidamente os recursos naturais. São menos resistentes à seca e, em monocultura de grande dimensão, mais suscetíveis a pragas e doenças. Apesar do progresso tecnológico, a aplicação excessiva de muitos fertilizantes e pesticidas manteve-se ao longo das últimas décadas, gerando preocupantes níveis de contaminação em solos e recursos hídricos. Além disso, a sua expansão desregulada está a destruir património natural e cultural.

As propostas do Bloco:

  • Estabelecimento de áreas e infraestruturas-tampão que garantam a proteção entre as áreas de cultivo e os elementos a proteger (linhas de água, vias públicas, habitações);

  • Adoção de planos regionais de ordenamento e instalação estabelecendo áreas máximas para cada tipologia de cultura agrícola, promovendo uma paisagem agroalimentar heterogénea;

  • Regadios públicos: ajustamento do preço da água de rega aos custos reais nos regadios públicos;

  • Melhoria da monitorização da qualidade das águas subterrâneas nos principais aquíferos do país;

  • Criação de redes locais de infraestruturas ecológicas de qualidade, com estrutura e gestão adequadas para reduzir o consumo de pesticidas;

  • Promoção dos princípios da produção integrada garantindo a gestão racional dos recursos naturais, privilegiando a utilização dos mecanismos de regulação natural em substituição de fatores de produção;

  • Proibição da aplicação de produtos fitofarmacêuticos por via aérea e proibição da pulverização por jato transportado (turbinas) a menos de 250 metros de habitações, captações de água para consumo humano, culturas biológicas, linhas de água navegáveis ou flutuáveis, lagoas e áreas protegidas;

  • Proibição de colheitas mecanizadas noturnas;

  • Criação do licenciamento para áreas de produção intensivas com avaliação de impacto ambiental obrigatória a partir de determinada dimensão e acompanhamento técnico do respetivo plano de gestão ecológica e de rotações culturais;

  • Avaliação de risco obrigatória e certificação de coleta e/ou tratamento de resíduos poluentes de todas as unidades de produção animal e agroflorestais em que o risco o justifique;

  • Proibição da implantação de culturas sem solo, hidropónicas ou em substrato, em solos com elevado potencial agrícola, bem como de estufas para produção agrícola em áreas de Reserva Ecológica Nacional.

Participa
Quero receber as notícias do Bloco:
no whatsapp
no email
Ao recolher os teus dados para a sua lista de divulgação, o Bloco de Esquerda assegura a confidencialidade e a segurança dos mesmos, em cumprimento do RGPD, garante que nunca serão transmitidos a terceiros e apenas serão mantidos enquanto desejares, podendo solicitar-se alteração ou cancelamento através do e-mail bloco.esquerda@bloco.org
início
Programa eleitoral
2022-2026
Modo de Alto Contraste
Inverter Cores
Otimizar fontes para dislexia
Sem filtro
fechar
segue-nos